sexta-feira, 24 de junho de 2011

O SOFRIMENTO... !!!

            O sofrimento: Pistas no livro de Jó!!!
 
A melhor forma de compreendermos o livro de Jó é analisando como um filme, do qual vimos o trailer e conhecemos o enredo. Mas o ator principal não sabe o que está acontecendo, por que e onde o conduzirá tantas mazelas.
Em Jó, vemos satanás satirizando a lealdade, insinuando que Deus é indigno de amor, e, segundo satã, Deus suborna as pessoas. Satanás acusou Deus, que Jó somente o seguia porque era abençoado. As pessoas amam a Deus, disse certa vez um sacerdote, “assim como o camponês ama sua vaca, pela manteiga e pelo queijo que ela fornece”. Se as suspeitas de Satanás fossem confirmadas, ele encontraria a justificação para sua própria queda.
Deus aposta no poder do amor. Por natureza, o amor é um frágil poder, consiste em cativar o coração do outro e aguardar uma resposta recíproca de amor e fidelidade. 
C. S. Lewis costumava dizer que não havia uma guerra espiritual, mas sim uma rebelião interna e o rebelde encontra-se sob controle.
É um conflito entre Deus que ama incondicionalmente e um acusador que utiliza os recursos da violência para provar a impossibilidade da recíproca desse amor. Satanás utiliza-se da violência, destruição, sofrimento, dor, assassinato, terrorismo, tortura... . A questão foi levantada, como Jó se comportaria se a miséria adentrasse sua vida? Deus aceitou o desafio e testou a teoria de satanás, entregando o poder de decisão às reações de Jó. As comportas da calamidade foram abertas.
A fé é um produto do ambiente, da cultura, e se evapora frente às adversidades? É possível crer em Deus quando ele parece nos ignorar e, mais do que isto nos esmagar? Nesse instante entram em cena os amigos de Jô – abutres humanos. Os “abutres” no geral dão respostas simplistas, às pessoas que sofrem de problemas emocionais; respostas que só servem para lançá-las num abismo profundo de desespero. Os argumentos dos amigos de Jó são sempre os mesmos. – Jó, Deus está lhe dizendo algo. Deve haver uma razão para seu sofrimento. Ele deve estar zangado com algum pecado seu. Confesse sua falha, e Deus operará poderosamente. A outra opção partiu da esposa de Jó: “amaldiçoa a Deus e morre”.
Os abutres alegam ter palavras de conhecimento bem ao estilo Elifaz, que utiliza-se de uma “visão misteriosa” proporcionada por um “espírito” que lhe concedeu sua base de argumentação. Estes pseudo-espirituais, bastante semelhante aos modernos, são repreendidos por Deus: “A minha ira se acendeu contra ti (Elifaz), e contra os teus dois amigos, porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó”.
Jó não cede a dogmas religiosos e como Philip Yancey escreveu, torna-se “o primeiro protestante”.
Jó sofre por demais e quando a morte não vem e Jó sente que as suas orações são gritos sem esperança lançados ao vento, ele pede um mediador, “que ponha a mão sobre nós”. Os seus pedidos (9:33; 16:19-21) mais tarde são atendidos de forma marcante em Jesus, o mediador entre Deus e o homem.
“Chamo a ti, ó Deus, mas não me respondes; ponho-me de pé, mas para mim não atentas. Tornas-te cruel para comigo; com a força da tua mão me atacas. Contudo, aguardando eu o bem, me sobreveio o mal; esperando eu a luz, veio a escuridão. A agitação das minhas entranhas não cessa; os dias da aflição me sobrevêm” (30:20,21,26,27).
A tribulação de Jó é uma forma dolorosa e crucial de testar a liberdade humana: Quem somos, de onde viemos e para onde vamos?
Certo escritor disse que “Se Deus reagisse às coisas erradas lançando raios, nosso planeta piscaria como uma árvore de natal”.
Não é a forma que Deus age, pois não haveria liberdade. A obediência seria automatizada pelos benefícios imediatos que viriam dela. A bondade seria contaminada pelos interesses mesquinhos e egoístas de uma recompensa imediata. Seríamos programados para amar a Deus, e inviabilizaria a escolha deliberada que o livre-arbítrio proporciona mesmo combatendo com atrações incomensuráveis. Deus exulta com o amor exercido de forma livre. A fidelidade ao Criador deve sobreviver aos bombardeios constantes da falta de orações respondidas.
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (ICor. 15:19). A esperança cristã afirma que um dia estaremos caminhando juntos novamente, sentaremos a mesma mesa como convidados especiais do grande e eterno Criador.
No caso de Jó nenhum camelo foi ressuscitado dentre os mortos. Nenhuma casa foi reconstruída. Nenhum filho ressuscitado. Nenhum milagre aconteceuapenas confiança simples como a de uma criança na grande autoridade de Deus! O silêncio divino que acompanhou Jó e Jesus, não era o silêncio da indiferença, mas o silêncio de um amor que aguarda o gesto recíproco. A razão das lutas que enfrentamos é demonstrar a nossa fidelidade a Deus. Deus aguarda em silêncio a nossa resposta. A vitória não vem de exercícios de guerra, mas na resposta de amor incondicional e desinteressado. Jó confiou unicamente em Deus. No final, o conforto de Jó está em sua mortalidade. O corpo físico é reconhecido como pó, o drama pessoal como engano. Sendo assim o sofrimento e a alegria passam a ser então como um breve reflexo, e a morte apenas uma porta que leva a eternidade.
(Trecho extraído do livro "Náufragos da fé" de Samuel Rezende)

Extraído e Adaptado. Vila Velha, Espírito Santo, Brasil. 24/06/11. Inicio de Inverno
Pr. Moisés Barboni Castorino Brandão
" Porque  Ele Vive Posso Crer No Amanhã, Então:
  Vivo o Milagre de Viver " !!!
" Eu sei de onde VIM, sei onde ESTOU e sei para ONDE VOU "! ALELUIA !!!


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